terça-feira, outubro 02, 2012

Professor abusa de adolescente de 13 anos - Rio Maior

2 de Outubro de 2012

Um professor do Ensino Básico foi detido ontem à tarde, em Rio Maior, pela Polícia Judiciária, por abuso sexual de uma aluna de 13 anos, com quem vinha mantendo, há algum tempo, um relacionamento amoroso. Segundo apurou o CM, o caso foi denunciado às autoridades policiais pelos pais da menor, que se aperceberam de alterações no comportamento na filha e decidiram confrontá-la com as suas suspeitas. O alegado pedófilo terá começado por seduzir a aluna. Do jogo de sedução, o relacionamento evoluiu para encontros a dois, que culminaram em relações sexuais, que terão ocorrido na residência dele, em Rio Maior. Ao que o CM apurou, o relacionamento amoroso começou na escola, a pretexto de questões sobre as aulas e a matéria, mas os encontros sexuais aconteceram apenas em casa do professor. O alegado pedófilo foi detido em cumprimento de um mandado de detenção e deverá ser hoje sujeito a primeiro interrogatório judicial. A PJ remete para hoje esclarecimentos sobre o caso.


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3 de Outubro de 2012

 Eduardo Garção chegou algemado, ontem, ao Tribunal de Rio Maior

Foram as mensagens no telemóvel da menina que denunciaram o caso e lançaram a família de Rio Maior num autêntico pesadelo. No telefone, o pai da adolescente, de 13 anos, encontrou, no início do mês de Setembro, quase uma centena de mensagens, a maior parte de cariz sexual e obsceno, enviadas pelo telemóvel do professor de EVT, contaram familiares ao CM. Eduardo Garção, de 52 anos, foi detido pela Polícia Judiciária de Leiria, anteontem à tarde, na escola. Ontem, foi ouvido pelo Tribunal de Rio Maior, que o mandou em liberdade, mas impedido de exercer a sua actividade profissional e de se aproximar da menor e da sua família.
Confrontada com as mensagens, a menina acabou por confirmar à mãe o relacionamento com o professor, admitindo, inclusivamente, terem existido relações sexuais. A relação, segundo contou à família, terá começado em Maio último. E nas férias de Verão, asseguraram os familiares ao CM, o professor terá ido buscá-la a casa "duas ou três vezes para passear".
Os pais nunca suspeitaram de nada, acreditando que o professor se preocupava com ela pela condição da família, que vive com grandes carências, e pelas suas dificuldades na escola.
Antes de procurarem a técnica do Rendimento Social de Inserção (RSI), a quem expuseram o caso, os pais confrontaram o professor, que negou sempre tudo. Num encontro entre a mãe e o professor, a menina, que estava presente, admitiu o relacionamento, contrariando a versão do homem. E contou aos pais que, além da escola, os dois se chegaram a encontrar num pavilhão próximo para terem relações sexuais.
 
MENSAGENS E FOTOGRAFIAS NAS REDES SOCIAIS
Professor e aluna também comunicavam através das redes sociais, contaram os familiares ao CM. E aí, nas páginas do Facebook, terá sido publicada uma fotografia que deixou chocada a família. 
A foto, onde aparecem os dois no interior de um veículo, terá sido tirada no decorrer de uma visita de estudo, no final do ano lectivo passado, dia 1 de Junho. 
Os familiares contam ter encontrado também mensagens que evidenciavam o contacto regular entre ambos.

PROFESSOR-TUTOR DA MENINA
Na escola Marinhas do Sal, onde lecciona há 16 anos, Eduardo Garção é, desde o ano lectivo passado, professor-tutor da menina que é suspeito de violar. A função de professor-tutor tem por objectivo ajudar os alunos mais problemáticos, ou oriundos de famílias carenciadas, a ultrapassar as dificuldades, sejam lectivas ou pessoais. 
Depois das aulas, e a exemplo do que acontece com outros professores com igual função, e uma vez por semana, Eduardo Garção encontrava-se com a jovem aluna numa sala específica para esse apoio.
O ano lectivo passado, acumulava o cargo com o de director de turma da jovem. Este ano, apurou o CM, era, apenas, seu professor-tutor. O suspeito faz parte dos órgãos sociais do Núcleo Sportinguista de Rio Maior, onde acompanha os jogos de futebol das equipas jovens. 


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4 de Outubro de 2012

A Escola Básica Marinhas do Sal, em Rio Maior, abriu ontem um processo disciplinar ao professor Eduardo Garção, de 52 anos, suspeito de abuso sexual a uma aluna de 13 anos. A medida pretende averiguar e esclarecer o que se passou, para posteriormente ser tomada uma decisão sobre o caso que, só ontem, pela manhã, chegou oficialmente ao conhecimento da escola, informou a direcção do estabelecimento. Por fax, o Tribunal de Rio Maior, deu conta de que o professor - detido pela PJ na segunda-feira à tarde e que foi ouvido pelo juiz no dia seguinte - estava suspenso de leccionar e proibido de se aproximar da menor. O caso está a preocupar a Associação de Pais, que apela à escola que tome medidas para que todos os alunos sejam devidamente esclarecidos sobre o que se está a passar e que recebam apoio e protecção. Entretanto, apurou o CM, a menor que terá sido vítima de abusos começará hoje a receber apoio psicológico, a pedido da família.


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